sábado, 30 de janeiro de 2010

Pachouchada com serifa é mais bonita...

Aprecio serifas não pela sisudez estética que aparentam, mas sim pela aura de delicadeza que emitem. Com serifa até uma parolaccia torna-se terna, quase diáfana aos olhos. Querem um exemplo?

Toleirão!

Toleirão!

É evidente o tom de desacato, grito que emana da primeira palavra, ao passo que a outra soa apenas como um chamamento. Isso mostra um fato que já é do cotidiano dos intern@utas desde o início do século: ofender alguém em Arial é mais impactante que em Times New Roman - principalmente se for em negrito. Se gritar com alguém via mensagem de texto é sinônimo falta de entendimento, de alteração, de ruído comunicacional, um grande percentual do impacto é causado pela dupla corpo sem serifa + negrito. Sendo assim, não entendo a intolerância com os tipos serifados, visto serem justamente eles os contidos, os brandos, os mansos da tipografia. Será pelo fato de representarem ser frágeis, tênues e sutis?

Seja como for, parece que, mesmo com o advento da tecnologia, lapsos de comunicação continuam a acontecer, e cada vez tornam-se mais intensos. E grande parte dos desentendimentos poderia ser evitado se os indivíduos agissem como se tivessem serifas.